O que é compliance em TI e como garanti-la

julho 25, 2019 Posted by NetEye In Gestão de Ativos de TI

Embora os termos do departamento jurídico não costumem se popularizar dentro das empresas, existe uma palavra capaz de assustar qualquer setor: compliance. O compliance em TI é um dos mais complciados. Seus profissionais, podem encontrar dificuldade para aplicar as demandas de regularização na própria realidade.

Isso acontece porque as inovações tecnológicas permanecem a pleno vapor e são regulamentadas pelo recente ramo do direito digital. Quer dizer que muitas normas e limites ainda são discutidos. Leis surgem à medida que novos conflitos se apresentam no uso de equipamentos ou na execução dos processos relacionados à tecnologia.

E como a infraestrutura computacional suporta muitas cadeias operacionais, é imprudente deixá-la vulnerável a inconformidades. Chegou a hora de você, responsável, compreender a prática de compliance em TI.

Entenda o conceito de compliance em TI

Originado do verbo em inglês “to comply”, o termo faz referência ao ato de obedecer regras. Para uma organização, seja ela pública ou privada, significa estar de acordo com leis internas e externas. Trata-se de um conjunto de boas práticas que devem ser adotadas pela empresa, no intuito de garantir conformidade com a legislação.

Estar em compliance, portanto, é um indicativo de que se opera dentro dos parâmetros legais. Além de evitar multas e sanções por irregularidades, a adoção dessa disciplina é bem-vista pelo mercado.

Uma política de compliance aplicada à TI sinaliza que as atividades do setor são desenvolvidas com base em princípios éticos. Fraudes, violações de direitos e vazamentos de informações estão entre os problemas evitados. Assim sendo, o parque de máquinas e todas as ações que lhe perpassam se tornam uma vantagem competitiva.

Por que garantir compliance em TI?

Garantir compliance em TI é uma maneira de blindar legalmente a sua empresa, sem impedi-la de continuar desenvolvendo novas soluções. Ou seja, assegura-se que as tecnologias presentes no ambiente de trabalho assumam um posicionamento estratégico, ao invés de criarem brechas para infrações.

Atualmente, o fluxo de dados relativos a qualquer core business é mediado pela infraestrutura tecnológica. Quando um negócio se propõe a fiscalizar tais pontos de troca e retenção de informações, cresce sua confiabilidade diante dos stakeholders. O controle de acesso e o monitoramento dos usuários são algumas medidas que elevam a proteção da rede corporativa.

Outro aspecto a ser levado em conta é a regularização dos ativos tangíveis e intangíveis que viabilizam os procedimentos internos. Afinal, tais ferramentas são implantadas com o objetivo de otimizar a rotina e os custos da organização. Podemos citar dispositivos móveis e softwares como exemplo. Sem diretrizes de uso, ambos os recursos viram fonte de despesa.

Quais leis estão relacionadas à TI

Antes de iniciar um projeto de TI, mostra-se essencial mapear as leis que lhe abrangem.

Criada em agosto de 2018, LGPD (Lei Geral de Proteção de Dados) foi concebida para garantir a proteção e segurança dos dados pessoais e sensíveis armazenados pelas empresas.Sempre que houver coleta e tratamento de dados pessoais no Brasil com objetivo de oferecer ou fornecer bens e serviços, estes dados estarão sob a proteção da LGPD. Ao não estarem adaptadas para cumprir esta lei, as empresas correm sérios riscos.

Implementar uma política de compliance é estar de acordo com a LGPD e representa uma oportunidade para reforçar a postura da empresa com relação à privacidade. Cada vez mais este é um valor que fortalece a confiança dos clientes e consumidores.
Assumir o compromisso com a LGPD e o uso adequado dos dados, reduzindo sensivelmente o risco potencial de exposições e vazamentos significa uma vantagem competitiva real de seus negócios sob a perspectiva ética e responsável.

Existem características essenciais da LGPD que toda empresa deve aplicar: Definição, descoberta, catalogação e proteção de dados pessoais e gerenciamento de consentimento.

O uso de programas piratas para fins profissionais é um elemento preocupante, mesmo que estejam instalados apenas no dispositivo do colaborador. Considerando que o profissional utilize meios ilegais para manusear informações corporativas, a responsabilidade jurídica recai sobre a organização.

A liberação das equipes para trabalharem remotamente, bem como o monitoramento já comentado acima, também exigem que haja uma documentação clara regulamentando as práticas. Para estar em compliance, você precisa entender como a legislação respalda suas iniciativas.

Conheça as principais leis sobre o tema:

Mantendo a sua empresa em compliance

Por fim, vale a pena destacar três fatores que vão contribuir para a compliance da TI. Saiba que uma atitude isolada não poupa a sua empresa de incidir na ilegalidade. É importante entender o conceito como um ciclo PDCA que nunca se encerra. Ao integrar os três tópicos seguintes na cultura organizacional, porém, as chances de sucesso são altas!

Adote uma solução para monitoramento de TI

Para acompanhar todas as movimentações do parque de máquinas, você precisa de uma ferramenta de controle automatizada. Essa solução vai ajudar a gerenciar a vida útil de cada ativo tecnológico. Consequentemente, evitam-se falhas de segurança por sistemas desatualizados, multas de fornecedores por licenças de software expiradas, entre outras dores de cabeça.

Porém, o monitoramento não deve ser aplicado apenas aos equipamentos. Tendo em vista que a organização é responsável por aquilo que os funcionários acessam durante o expediente, o empregador também está no direito de fiscalizar essa navegação individual.

Estabeleça políticas de governança corporativa

A governança corporativa é composta por políticas que orientam o uso da tecnologia da informação. Desde o planejamento até a manutenção do serviço ou produto em questão. Ao inserir padrões de compliance nesse processo estruturado, sua empresa encontrará um método eficiente de colocar em prática as recomendações desse artigo.

Os conceitos de governança corporativa e compliance são complementares e agregam valor à rede corporativa. De fato, a sinergia entre tais programas permitirá que os responsáveis da área tomem decisões mais assertivas, tendo em vista limites orçamentários, gestão de riscos e potencial de crescimento.

Promova auditorias preventivas com frequência

É comum promovermos auditorias internas depois que o caos tomou conta, a fim de de encontrar culpados por determinados erros. Na verdade, esse hábito impede que identifiquemos os problemas com antecedência e atuemos para mitigá-los. O resultado aparece como um prejuízo imensurável para o bolso e para a reputação das empresas, no momento em que a bomba da irregularidade explode.

A maneira mais eficiente e rápida para gerenciar e detectar potenciais problemas e oportunidade na estrutura de TI é um sistema de Inteligência estratégica. O módulo de IE é responsável por entregar uma análise detalhada e precisa dos dados coletados pelos agentes do NetEye, portanto ele possibilita que qualquer gestor, mesmo que não seja da área técnica, analise e entenda as informações na solução.

Trata-se de uma tradução clara e objetiva da linguagem técnica da solução para a linguagem executiva da gestão, pautando inclusive valores monetários e facilitando a tomada de decisão estratégica. Além desta tradução, o módulo de IE trás muita otimização e assertividade para a rotina de seus usuários, pois coloca em evidência dados que, muitas vezes, passam despercebidos por outras ferramentas e fazem toda diferença para a performance da equipe. Veja com mais detalhes como o Módulo Inteligência Estratégica do NetEye pode lhe ajudar, baixando este material.

E então, acha que esses fundamentos lhe ajudaram a mergulhar no assunto? Se você é um decisor de TI ou um executivo que busca aprimorar os processos tecnológicos do seu negócio, não deixe de se aprofundar ainda mais no conceito de compliance. Lembre-se, ainda, de buscar a assessoria de um profissional especializado no âmbito jurídico para avaliar o seu cenário.

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