Vazamento de senhas? Proteja-se com essas dicas
Nada de assalto à mão armada. No mundo virtual, criminosos agem silenciosamente para roubar um dos bens mais preciosos da atualidade: a informação. Falhas na segurança online fazem a ocasião dos hackers, que respondem cada brecha com ciberataques. Netflix, Uber, PagSeguro e Linkedin foram algumas vítimas em 2017. O resultadoé o vazamento de senhas de milhares de pessoas, espalhadas pela dark web.
É claro que você não tem controle sobre os bancos de dados onde se cadastra. Ainda assim, existem medidas a serem tomadas para evitar o vazamento de senhas nos diversos sites que você utiliza.
Pense em como defendemos a nossa casa contra invasores. Instalamos equipamentos de vigilância, reforçamos a fechadura da porta, ficamos atentos na hora de entrar e sair com o carro… Esta rotina de cuidados deveria existir enquanto navegamos na internet, mas muitas vezes acaba negligenciada porque o perigo não parece iminente.
Sem criatividade ao elaborar senhas nem memória para guardá-las, podemos cair em armadilhas que nos deixam vulneráveis diante das ameaças. Uma delas é escolher combinações óbvias. Recentemente, o SplashData revelou um ranking com os códigos mais recorrentes do ano. O top 100 é liderado pelo numeral “123456”, como de costume. “Password”, “letmein” e “iloveyou” são mais exemplos listados. Se a sequência veio facilmente à cabeça, melhor reconsiderar.
Outra cilada é a utilização da mesma senha com frequência, pois compromete a integridade de diversos serviços simultaneamente. Repetir a chave do Internet Banking no Facebook parece uma boa ideia? O certo seria aumentar o nível de complexidade das combinações conforme o valor daquilo que está sendo protegido.
Opções como “lembre-se de mim” e “continuar conectado”, que facilitam a autenticação no navegador, também não são indicadas. De acordo com a Cartilha de Segurança para Internet, ativá-las permite que o seu usuário fique salvo em cookies e seja indevidamente coletado por outras pessoas.
Alternativas ao uso de senhas têm evoluído a fim de aprimorar os sistemas de segurança e facilitar nossas vidas. A biometria já constitui um método de identificação amplamente empregado em aparelhos do cotidiano, como celulares que realizam a leitura de digitais e notebooks com reconhecimento facial.
Enquanto a tecnologia não está integrada em todos os dispositivos, separamos um passo a passo para evitar dores de cabeça pelo furto das suas informações.
Verifique se você já foi afetado
O primeiro passo é conferir se o seu login foi comprometido por vazamentos. Quando ocorrem invasões aos sites, bases de dados com as credenciais dos clientes são disponibilizadas na internet. Ou seja, as informações ficam expostas em uma lista passível de acesso por qualquer um.
Você pode conferir o status das suas contas em plataformas como Minha Senha, que monitora vazamentos e páginas da deep web.
Adquira um gerenciador de senhas
Existem inúmeros aplicativos que auxiliam no gerenciamento de senhas. Mesmo as versões gratuitas são extremamente efetivas, oferecendo funcionalidades de criação e armazenamento. Eles operam como um cofre, protegido por algoritmos de criptografia e aberto por intermédio de uma senha-mestre.
Nós testamos e indicamos o KeePass.
Ative a autenticação de dois fatores
Sempre que um prestador de serviços online oferecer a possibilidade de verificação em duas etapas, aceite. O mecanismo constitui uma camada extra de segurança para as suas contas. Normalmente, funciona com o envio de um código por SMS, e-mail, ou ainda através de perguntas pessoais que são escolhidas por você.
Vale lembrar que nenhum método de proteção é infalível. Dificulte o trabalho de mal intencionados munindo-se com as orientações acima.