Tirar férias te torna ineficiente?

A neurociência diz “trabalhe menos”, a sua agenda diz “trabalhe mais”. E agora?
Se você é empresário, tem ambições de crescimento na empresa em que trabalha, quer conquistar um futuro tranquilo ou simplesmente ama o que faz, provavelmente está no caminho de se tornar um workaholic. Se já não é.

Definitivamente, trabalhar 12, 14, 16 horas por dia não é saudável. Nem produtivo.

Já é senso comum que quem trabalha tanto não tem tempo para a família, para exercícios, para seus hobbies e, por que não, para o ócio. É habitual seguirmos a onda “hard work” enquanto temos saúde e a vida vai sendo levada sem abalos. As justificativas são velhas conhecidas: “faltam horas no dia”, “tenho que aproveitar esse momento”, “os prazos são apertados”, “não posso diminuir o ritmo agora, mas ano que vem eu penso nisso”…

A ciência garante: Levar o cérebro ao limite nos torna ineficientes

Com a experiência, descobrimos da pior maneira que o cansaço causa erros e que ficamos mais lentos e desfocados. Trabalhar horas a fio sem pausas leva o cérebro ao limite e acabamos fazendo “meios trabalhos” embalados por distrações e procrastinações inconscientes.

As ideias que antes fluíam com facilidade e as tarefas que normalmente resolvemos rapidamente começam a se arrastar quando o cérebro quer o descanso que insistimos em negar a ele. Em vez disso, lhe damos um café para aguentar mais algumas horas.

Estudos científicos mostraram claramente, através de ressonâncias magnéticas, que diferentes circuitos neurais ficam ativos durante diferentes atividades mentais, demandando mais irrigação sanguínea repleta de oxigênio e glicose para gerar energia.

Portanto, priorize o foco e estabeleça períodos de pausa para mudar o estado mental e ver outras perspectivas do problema ou tarefa na qual está trabalhando. Claro que a tentação de ficar nas redes sociais, jogando ou fazendo nada por tempo indefinido é grande. Para regular estes períodos de foco e pausas, utilize a técnica Pomodoro.

O corpo serve para levar o cérebro para passear e ser menos ineficiente

O período anual ou semestral de afastamento total das atividades de trabalho também é essencial para a saúde e para a produtividade. Mudar de cenário, conviver com outras pessoas e culturas, fazer um retiro, uma aventura ou simplesmente curtir a vida longe do escritório vai retornar em um UP de ideias e de energia produtiva.

A obsessão por trabalho e sucesso pode ser muito prejudicial à saúde, 30% dos trabalhadores brasileiros sofrem com a síndrome de burnout, o tipo mais devastador de estresse. Uma das causas é a ausência de períodos de descanso.

O medo das férias

Muitos profissionais relatam ter medo de tirar férias pois o tempo fora das atividades irá deixá-los desatualizados e em desvantagem com relação a colegas ou concorrentes. Mas estas justificativas normalmente escondem a falta de planejamento, o comportamento centralizador  e a falta de confiança. Veja os principais motivadores do medo das férias e como contorná-los:

  • Ser visto como funcionário não engajado

Mostrar-se interessado ou ansioso pelas férias pode fazer com que colegas ou superiores avaliem o funcionário como desinteressado, ou que “não veste a camiseta”. Se há este clima na empresa é melhor ir planejando outro futuro, pois a pressão por trabalho excessivo não é positiva para sua carreira. Avalie bem se este clima é real ou se é fruto de desconfiança e insegurança. Quando o assunto for férias, um bom meio termo é referir-se a ele como um período necessário para voltar com energias renovadas e não como fuga de um ambiente onde você não se sente bem.

  • Ser substituído

Este medo é uma variação do anterior, é resultado de pressão real ou insegurança. Caso sua função não esteja sendo valorizada, se a empresa planeja reduzir ou substituir equipe, as férias não farão diferença pois é só uma questão de tempo. Caso desconfie que pode ser demitido após as férias, procure não fazer viagens que comprometam seriamente seu orçamento e tire um dia para atualizar seu currículo ou investir parte do período em um curso de aperfeiçoamento.

  • Perder informações, negócios ou o controle de negócios em andamento

Se há uma negociação importante e você é essencial para o andamento, os prazos terão que ser ajustados, ou das férias ou da negociação. Importante é sair tranquilo para que o descanso seja pleno.

Para não ficar preocupado com novos acontecimentos enquanto você está fora, é necessário planejamento, antecipação e um programa de gestão das informações para que não fiquem centralizadas em uma só pessoa.

  • Não poder confiar plenamente na equipe

Este é um problema que impacta a saúde de qualquer empreendimento, deve ser resolvido com tempo e planejamento. Caso seja uma mudança complexa, invista na seleção de pelo menos uma pessoa para cobrir sua ausência.

Para avaliar o comportamento da sua equipe, tomar decisões de mudança e ajuste de procedimentos, os módulos Monitoramento e Produtividade do NetEye são ferramentas essenciais. Você pode usar o NetEye gratuitamente com todos os recursos, para 14 computadores por 14 dias, é só baixar aqui.

  • Vou gastar o dinheiro que estou guardando para o carro/casa novo

Se sua saúde for abalada, o prejuízo será maior. Férias podem ser modestas e com gastos controlados. Vale a pena usar um pouco das economias e investir no seu bem estar e convívio com a família e amigos. Bens materiais podem ser adquiridos com o tempo, bons momentos passam.

Até o descanso começa com planejamento

Uma pessoa cansa e é ineficiente, erra e muitas vezes têm crenças limitadoras que impedem uma vida produtiva e saudável.

Felizmente, pessoas também têm grande capacidade de adaptação e mudança de hábitos.

Tudo começa na análise e detecção dos desvios que te torna ineficiente. Depois é planejar, executar, medir e manter o ciclo virtuoso. Com tudo sob controle, o seu descanso merecido retornará em energia renovada.

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